quinta-feira, 27 de setembro de 2007
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
Complexo de Edipo
Além de estar ali, se apresentando para cuidar do filho a seu modo, o pai também precisa fazer com que a mãe volte as atenções para outras coisas além do bebê. A figura paterna representa o limite para a criança. É com o pai que o filho tem de dividir a mãe. Nesse sentido, o pai ajuda muito quando faz um convite para um jantar a dois e sempre que se faz presente. A retomada da vida sexual é outro ótimo motivo para a mãe desgrudar um pouco da cria. Com essa distância mínima, agora, sim, a coisa "dificultou" para o bebê e ele vai precisar se manifestar de maneira mais explícita.
"A linguagem só vai ter sentido quando a criança precisar se comunicar com uma pessoa
externa”, aponta a psicanalista Patricia Cardoso de Mello. Ou seja, o pai. Assim começam a surgir as palavras, depois as frases... Na falta de um pai, outras pessoas ou até a vida profissional podem exercer esse papel. Se a mãe vem com o copo antes mesmo de a criança pensar em querer o suco, a fala pode atrasar. Afinal, ela não precisa pedir...
Revista Pais e Filhos
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Sorria, você está sendo enganado =)
Grande empresa de alimentos pede, administrador público reduz carne em merenda escolar.
Antes que alguém tenha idéias desviantes do assunto, apenas leiam como iniciei o texto. Faço referência ao que foi feito. A partir daí, é só dar nome aos personagens.
Quem sai lesado é você, cidadão. Seja qual for sua preferência política.
"A Prefeitura de São Paulo reduziu a qualidade nutricional da sopa que pretende distribuir em um programa que irá reunir pais e alunos aos sábados nas escolas e creches municipais, a pedido da Nestlé, revela reportagem publicada nesta quarta-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes da Folha ou do UOL).
Após apelo feito pela multinacional durante uma consulta pública para a compra do produto, a gestão Gilberto Kassab (DEM) diminuiu a quantidade de carne, frango e verdura exigida na sopa.
A reportagem mostra que nutricionistas haviam previsto 7 kg de carne, 2 kg de cenoura e 3 kg de "outras" hortaliças (por 100 kg de sopa desidratada a ser distribuída). Com a mudança, a sopa deverá ter apenas 0,5 kg de carne, 0,8 kg de cenoura e 1 kg de "outras" hortaliças.
"Baixar a quantidade de verduras e hortaliças vai contra aquilo que preconiza a OMS [Organização Mundial da Saúde]. Uma maçã tem os mesmos nutrientes que uma porção dessa sopa, que ainda será servida em uma época de calor." O edital prevê a compra de 750 toneladas de sopa desidratada por mês. O Sábado na Escola está previsto para começar no final de semana.O TCM (Tribunal de Contas do Município), no entanto, determinou ontem a suspensão do pregão que ocorreria hoje para definir a fornecedora. Um dos motivos contestados pelo tribunal foi a exigência de que a entrega da sopa, com embalagem personalizada, começasse no dia 15, três dias depois do anúncio do resultado.O TCM avaliou que a condição só poderia ser atendida por alguém que já tivesse pronta toda a infra-estrutura para distribuição, algo que abriria margem para direcionamento.
Programa pretende atender 130 escolas aos finais de semana
O programa Sábado na Escola pretende atingir 1.300 unidades escolares de São Paulo -130 a cada fim de semana. O objetivo é reunir pais e alunos em atividades educacionais, culturais, esportivas e sociais nas escolas e creches do município. Quem freqüentar os eventos receberá a sopa instantânea.
Prefeitura e empresa não se manifestam
A Secretaria Municipal de Gestão da Prefeitura de São Paulo foi procurada ontem para se manifestar sobre as mudanças na sopa que será distribuída aos sábados nas escolas municipais, mas informou que não iria se manifestar a respeito de nenhum dos aspectos relatados. A pasta informou ter tomado a decisão por conta da suspensão do pregão pelo TCM (Tribunal de Contas do Município). Ela disse, por meio de sua assessoria de imprensa, adotar como prática não falar de caso que esteja sob contestação do tribunal.
Em resposta dada em consulta pública, a prefeitura informou que acataria a sugestão de mudança na composição da sopa para que ela fosse abrangente, incluindo produtos de linha normal de varejo.Disse que visava possibilitar a participação de mais concorrentes.
A assessoria de imprensa da Nestlé também foi procurada pela Folha no começo da tarde de ontem para falar sobre os pedidos de alteração na sopa. Ela informou, no entanto, que também não iria se manifestar do caso.
Alexandre Schneider, secretário da Educação da gestão Kassab, disse que a decisão de incluir as sopas instantâneas no projeto foi uma "contribuição" da Secretaria Municipal de Gestão, com recursos que não são de sua pasta. Por esse motivo, ele disse não acompanhar detalhes da licitação."
Fonte: Folha Online
Eu detesto me basear em jornal para qualquer coisa, mas sem um pronunciamento oficial de nenhuma das partes, fica complicado ter uma visão ampla do assunto.
Tirando a indignação com a manipulação da dieta infantil, eu vejo toda uma falta de consideração com a atividade toda.
De que adianta a criança estar na escola, se ela não consegue aprender pois seu metabolismo não foi atendido com comida ?
Essa é a ponta do inceberg apenas, existem diversos fatores como o ambiente familiar, a saúde, a violência, a falta de estímulo para permanecer na escola e outros, que se não forem observados, não permitem um bom aproveitamento da atividade proposta.
Não é só a comida que está em jogo. É a capacidade de aprendizado.
Antes que alguém tenha idéias desviantes do assunto, apenas leiam como iniciei o texto. Faço referência ao que foi feito. A partir daí, é só dar nome aos personagens.
Quem sai lesado é você, cidadão. Seja qual for sua preferência política.
"A Prefeitura de São Paulo reduziu a qualidade nutricional da sopa que pretende distribuir em um programa que irá reunir pais e alunos aos sábados nas escolas e creches municipais, a pedido da Nestlé, revela reportagem publicada nesta quarta-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes da Folha ou do UOL).
Após apelo feito pela multinacional durante uma consulta pública para a compra do produto, a gestão Gilberto Kassab (DEM) diminuiu a quantidade de carne, frango e verdura exigida na sopa.
A reportagem mostra que nutricionistas haviam previsto 7 kg de carne, 2 kg de cenoura e 3 kg de "outras" hortaliças (por 100 kg de sopa desidratada a ser distribuída). Com a mudança, a sopa deverá ter apenas 0,5 kg de carne, 0,8 kg de cenoura e 1 kg de "outras" hortaliças.
"Baixar a quantidade de verduras e hortaliças vai contra aquilo que preconiza a OMS [Organização Mundial da Saúde]. Uma maçã tem os mesmos nutrientes que uma porção dessa sopa, que ainda será servida em uma época de calor." O edital prevê a compra de 750 toneladas de sopa desidratada por mês. O Sábado na Escola está previsto para começar no final de semana.O TCM (Tribunal de Contas do Município), no entanto, determinou ontem a suspensão do pregão que ocorreria hoje para definir a fornecedora. Um dos motivos contestados pelo tribunal foi a exigência de que a entrega da sopa, com embalagem personalizada, começasse no dia 15, três dias depois do anúncio do resultado.O TCM avaliou que a condição só poderia ser atendida por alguém que já tivesse pronta toda a infra-estrutura para distribuição, algo que abriria margem para direcionamento.
Programa pretende atender 130 escolas aos finais de semana
O programa Sábado na Escola pretende atingir 1.300 unidades escolares de São Paulo -130 a cada fim de semana. O objetivo é reunir pais e alunos em atividades educacionais, culturais, esportivas e sociais nas escolas e creches do município. Quem freqüentar os eventos receberá a sopa instantânea.
Prefeitura e empresa não se manifestam
A Secretaria Municipal de Gestão da Prefeitura de São Paulo foi procurada ontem para se manifestar sobre as mudanças na sopa que será distribuída aos sábados nas escolas municipais, mas informou que não iria se manifestar a respeito de nenhum dos aspectos relatados. A pasta informou ter tomado a decisão por conta da suspensão do pregão pelo TCM (Tribunal de Contas do Município). Ela disse, por meio de sua assessoria de imprensa, adotar como prática não falar de caso que esteja sob contestação do tribunal.
Em resposta dada em consulta pública, a prefeitura informou que acataria a sugestão de mudança na composição da sopa para que ela fosse abrangente, incluindo produtos de linha normal de varejo.Disse que visava possibilitar a participação de mais concorrentes.
A assessoria de imprensa da Nestlé também foi procurada pela Folha no começo da tarde de ontem para falar sobre os pedidos de alteração na sopa. Ela informou, no entanto, que também não iria se manifestar do caso.
Alexandre Schneider, secretário da Educação da gestão Kassab, disse que a decisão de incluir as sopas instantâneas no projeto foi uma "contribuição" da Secretaria Municipal de Gestão, com recursos que não são de sua pasta. Por esse motivo, ele disse não acompanhar detalhes da licitação."
Fonte: Folha Online
Eu detesto me basear em jornal para qualquer coisa, mas sem um pronunciamento oficial de nenhuma das partes, fica complicado ter uma visão ampla do assunto.
Tirando a indignação com a manipulação da dieta infantil, eu vejo toda uma falta de consideração com a atividade toda.
De que adianta a criança estar na escola, se ela não consegue aprender pois seu metabolismo não foi atendido com comida ?
Essa é a ponta do inceberg apenas, existem diversos fatores como o ambiente familiar, a saúde, a violência, a falta de estímulo para permanecer na escola e outros, que se não forem observados, não permitem um bom aproveitamento da atividade proposta.
Não é só a comida que está em jogo. É a capacidade de aprendizado.
terça-feira, 11 de setembro de 2007
Teoria cognitiva social no download de músicas
Share, Steal, or Buy? A Social Cognitive Perspective of Music Downloading
ROBERT LAROSE, Ph.D.1 and JUNGHYUN KIM, Ph.D.2
ABSTRACT
ROBERT LAROSE, Ph.D.1 and JUNGHYUN KIM, Ph.D.2
ABSTRACT
The music downloading phenomenon presents a unique opportunity to examine normative influences on media consumption behavior. Downloaders face moral, legal, and ethical quandaries that can be conceptualized as normative influences within the self-regulatory mechanism of social cognitive theory. The music industry hopes to eliminate illegal file sharing and to divert illegal downloaders to pay services by asserting normative influence through selective prosecutions and public information campaigns. However the deficient self-regulation of downloaders counters these efforts maintaining file sharing as a persistent habit that defies attempts to establish normative control. The present research tests and extends the social cognitive theory of downloading on a sample of college students. The expected outcomes of downloading behavior and deficient self-regulation of that behavior were found to be important determinantes of intentions to continue downloading. Consistent with social cognitive theory but in contrast to the theory of planned behavior, it was found that descriptive and prescriptive norms influenced deficient self-regulation but had no direct impact on behavioral intentions. Downloading intentions also had no direct relationship to either compact disc purchases or to subscription to online pay music services
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
Os problemas da ignorância (1)
Ignorância
[Do lat. ignorantia.]
S. f.
1. Condição de quem não é instruído
2. Falta de saber; ausência de conhecimentos
3. Estado de quem ignora ou desconhece alguma coisa, não tem conhecimento dela
(Dicionário Aurélio)
Burrice é uma característica limitadora. Um limite que, quando alcançado, possui dificuldades em ser ultrapassado, por isso não se pode esperar muito mais dali.
Mas ignorância é apenas uma fase. Desconhecer algo se resolve facilmente buscando as informações apropriadas.
"Eu não sabia disso. Se for asim, sou contra. Vou pedir para mudar o projeto"
"Não tinha pensado nisso... É verdade. Seria automático, mas esse aspecto não foi discutido"
Essas frases foram proferidas por Senadores quando lhes foi apresentada a constatação de que a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos (aprovada na Comissão de Constituição e Justiça) incluiria o direito de dirigir aos jovens.
Esse é um pensamento simples, já que ao você considerar um jovem de 16 anos um maior, ele pode fazer tudo que um maior pode (beber, dirigir, casar, transar, ir ára boates e afins) ao ser responsável pelos seus atos.
Mas quando ações são guiadas sem cuidado ao tratar de assuntos importantes, o foco da visão se limita, e essas aberrações de intenção são criadas. O perigo reside justamente que os perpetuadores dessa aberração são Senadores legislando sobre coisas que afetam a sua vida e a minha.
Ignorância não tem desculpa. Informações estão ai para serem pesquisadas, e os assessores parlamentares recebem dinheiro para pesquisar esse tipo de coisa, e não apenas fazerem parte usufruidores do dinheiro público.
Eu sou contra a redução da maioridade penal.
Como devo falar muito ainda, não sou limitado a visões maniquístas de "bom" e "mal" ou "preto" e "branco". A vida tem uma grande paleta de cinzas, e existem casos (ex:crimes hediondos) em que algum tipo de responsabilização deve ser imputada.
Entretanto, crianças não são adultos em miniatura. Crianças tem uma mente em formação, adolescência tem a sedimentação da personalidade junto ao caos hormonal, e a fase adulta é a responsabilização pelo indivíduo formado por essa sedimentação.
Graças a essa visão contrária ao que eu acabei de dizer, seu filho (ou filha) de 16 anos ganhará status de adulto. Pode mandar você, pai e mãe, à merda. Podem sair de casa em uma crise de paixão romântica. Podem beber na noitada tendo carteira de motorista em mãos.
É. Será que agora, pensando melhor a respeito, vocês concordam com a idéia, caros Senadores ?
[Do lat. ignorantia.]
S. f.
1. Condição de quem não é instruído
2. Falta de saber; ausência de conhecimentos
3. Estado de quem ignora ou desconhece alguma coisa, não tem conhecimento dela
(Dicionário Aurélio)
Burrice é uma característica limitadora. Um limite que, quando alcançado, possui dificuldades em ser ultrapassado, por isso não se pode esperar muito mais dali.
Mas ignorância é apenas uma fase. Desconhecer algo se resolve facilmente buscando as informações apropriadas.
"Eu não sabia disso. Se for asim, sou contra. Vou pedir para mudar o projeto"
"Não tinha pensado nisso... É verdade. Seria automático, mas esse aspecto não foi discutido"
Essas frases foram proferidas por Senadores quando lhes foi apresentada a constatação de que a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos (aprovada na Comissão de Constituição e Justiça) incluiria o direito de dirigir aos jovens.
Esse é um pensamento simples, já que ao você considerar um jovem de 16 anos um maior, ele pode fazer tudo que um maior pode (beber, dirigir, casar, transar, ir ára boates e afins) ao ser responsável pelos seus atos.
Mas quando ações são guiadas sem cuidado ao tratar de assuntos importantes, o foco da visão se limita, e essas aberrações de intenção são criadas. O perigo reside justamente que os perpetuadores dessa aberração são Senadores legislando sobre coisas que afetam a sua vida e a minha.
Ignorância não tem desculpa. Informações estão ai para serem pesquisadas, e os assessores parlamentares recebem dinheiro para pesquisar esse tipo de coisa, e não apenas fazerem parte usufruidores do dinheiro público.
Eu sou contra a redução da maioridade penal.
Como devo falar muito ainda, não sou limitado a visões maniquístas de "bom" e "mal" ou "preto" e "branco". A vida tem uma grande paleta de cinzas, e existem casos (ex:crimes hediondos) em que algum tipo de responsabilização deve ser imputada.
Entretanto, crianças não são adultos em miniatura. Crianças tem uma mente em formação, adolescência tem a sedimentação da personalidade junto ao caos hormonal, e a fase adulta é a responsabilização pelo indivíduo formado por essa sedimentação.
Graças a essa visão contrária ao que eu acabei de dizer, seu filho (ou filha) de 16 anos ganhará status de adulto. Pode mandar você, pai e mãe, à merda. Podem sair de casa em uma crise de paixão romântica. Podem beber na noitada tendo carteira de motorista em mãos.
É. Será que agora, pensando melhor a respeito, vocês concordam com a idéia, caros Senadores ?
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